terça-feira, 24 de novembro de 2009

A gente só se desaponta uma vez, mas as vezes sempre voltamos a nos decepcionar. Independente do que tenha acontecido quando nos decepcionamos com algo, parece que uma parte  de nós acaba se apagando e ai você começa a sentir milhares de emoções, de alguma forma você se expressa, há aqueles que não demonstram ou simplesmente ignoram o ocorrido, mas sem dúvida são as nossas decepcões que formam o nosso alicerce, a nossa base. É a partir da queda que crescemos, das perdas que passamos a valorizar, dos arrependimentos que tentamos mudar, construir e até mesmo não repetir o erro.
É incrível como nós somos tão complexos, fortes, díficeis de lidar e paradoxalmente tão  fáceis, frágeis, tão singulares. Estamos sempre atrás de respostas porém nos esquecemos que são as perguntas o mais importante. Decepções são e sempre serão parte do nosso aprendizado, alguém que nunca sentiu dor não tem o previlégio de saber como é ruim ver suas vísceras sendo dilasceradas. Alguém que nunca sentiu dor -digo por qualquer que seja- nunca sentiu o prazer do alívio que uma lágrima proporciona. Alguém que nunca tenha sentido dor não sabe como é melhorar, não sente alegria em ver que aquele momento passou e tudo agora se tornou mais leve. Alguém que nunca tenha sentido dor, nunca saberá aproveitar um momento que se tenha felicidade.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Moraes